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COPENHAGEN UMA CHUVA DE NÚMEROS |
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A pouco mais de uma semana do início da Conferencia do Clima COP-15 em Copenhagen e depois de muitas criticas os EUA apresentaram seus números para redução das emissões de CO2, 17% até 2020 em relação a 2005 e anunciaram que o presidente Barack Obama comparecerá ao encontro. Um dia depois a China também apresentou sua disposição de cortar de 40% a 45% do CO2 por unidade de PIB até 2020. Dizem alguns diplomatas que esta mudança de postura foi tomada, pelos dois maiores emissores mundiais, após a apresentação dos números de redução de CO2 do Brasil (32% a 39%). Esta chuva de números de redução de emissão de CO2 parece ótima mais na verdade o que estamos vendo e um grande show para a mídia mundial, clara que números significam comprometimento, mais teremos vários outros pontos importantes a serem tratados em copenhagen, como: Se o conjunto de metas de emissões de todos os paises serão suficientes para manter a temperatura media do planeta abaixo de 2ºC. O grau de comprometimento dos paises ricos em financiar e transferir tecnologia aos paises em desenvolvimento e pobres, entre outras. Devido a todas estas questões a conferencia do clima de Copenhagen esta sendo considerada o mais complexo acordo já tentado, assim espera-se que a conferencia produza apenas um acordo de intenções com compromissos reais somente no final de 2010.
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O que é a Cimeira de Copenhaga?
Entre 7 e 18 de Dezembro, os ministros do Ambiente vão reunir-se em Copenhaga para a conferência do clima das Nações Unidos. O objectivo é “encontrar” um substituto para o Protocolo de Quioto. A cimeira vai ter lugar no maior centro de conferência da Dinamarca, o Bella Center e vai durar duas semanas. Esta é a última de uma série de reuniões, que tiveram a sua origem na Cimeira do Rio em 1992.
Principais protagonistas da Cimeira?
Os países em desenvolvimento, como a China e a Índia, defendem que países ricos como os Estados Unidos e o Reino Unido devem dar um "claro exemplo" na redução de emissões de gases como efeito de estufa.
Os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo de Quioto. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, argumentou que a redução exigida por Quioto (menos 5% de emissões) iria "arruinar a economia dos Estados Unidos", além de não exigir reduções aos países emergentes. As possibilidades de alcançar um acordo aumentaram com a chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos. No entanto, o presidente enfrenta um problema interno, já que o Congresso ainda não aprovou legislação para reduzir as emissões de CO2. Caso isso não aconteça até Dezembro, pode colocar em causa um acordo em Copenhaga.
Quais os objectivos da Cimeira de Copenhaga?
A cimeira vai tentar alcançar um novo acordo que substitua o Protocolo de Quioto, que termina em 2012. Segundo Yvo de Boer, secretário executivo da United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), as questões mais importantes para alcançar um acordo são:
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Qual o montante de emissões que os países industrializados estão dispostos a cortar?
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O que estão dispostos a fazer os principais países em desenvolvimento, como a China e a Índia, para limitar o aumento das suas emissões?
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Que ajuda precisam os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e adaptarem-se aos impactos das alterações climáticas?
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Como é que o dinheiro vai ser gerido?
Quais são os "pontos quentes" da Cimeira?
O "ponto mais quente" da cimeira é a chamada "partilha de encargos". Ou seja, que países devem reduzir emissões e em que montante? Por exemplo, a China já superou os Estados Unidos como maior poluidor do mundo. No entanto, historicamente, os Estados Unidos são maiores emissores do que a China e as emissões per capita chinesas são cerca de um quarto das dos Estados Unidos.
O Governo chinês argumenta que tem o direito moral ao desenvolvimento e ao crescimento da economia – e que, inevitavelmente, as emissões vão aumentar. Há ainda outra questão: os países desenvolvidos transferem as emissões de gases com efeito de estufa para as nações em desenvolvimento, ao instalarem nestes países indústrias que provocam emissões de CO2. Assim, a China defende que devem ser os consumidores a assumir a responsabilidade das emissões geradas para produzir certos bens e não os países onde são produzidos.
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Após criticas EUA e China falam em acordos para COP-15 em Copenhagen |
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Estados Unidos e China, os dois maiores poluidores do planeta, anunciaram ontem em Pequim que aceitam estipular metas para emissão de gases causadores do efeito estufa. O comunicado dos presidentes Barack Obama e Hu Jintao foi feito dois dias depois que as duas potências decidiram enterrar a cúpula do clima de Copenhague, marcada para dezembro, propondo que seu resultado seja só um acordo político, sem efeito legal. Ontem, Obama afirmou que não quer só uma declaração de intenções em Copenhague. "Nossa intenção não é de um acordo parcial ou uma declaração politica, mas sim um acordo abrangente, que tenha efeitos imediatos", disse Obama, em entrevista coletiva com Hu. Não deu mais detalhes e perguntas não foram permitidas. No comunicado conjunto, os presidentes disseram que o acordo em Copenhague deve incluir metas para redução de emissão de gases-estufa para os países desenvolvidos e um plano de ação para reduzir as emissões de países em desenvolvimento. E que o diálogo entre os dois países inclui assistência financeira a países em desenvolvimento e a promoção de novas tecnologias, além de proteção a florestas tropicais. Hu disse que China e EUA concordaram e expandir a cooperação em energia e mudança climática para "ajudar a produzir um resultado positivo na conferência de Copenhague". A China e os EUA respondem, juntos, por 40% das emissões de gás carbônico do globo. Sem compromissos ambiciosos de redução por parte de ambos, nenhum acordo terá efeito. E os EUA não estão indo a lugar nenhum. Apesar de ter feito do clima uma prioridade de sua campanha, Obama depende, para agir, da aprovação da lei de mudanças climáticas pelo Senado, que só deve acontecer em 2010. Sem EUA, não há China. Além disso, há outros obstáculos ao acordo, principalmente no tocante ao financiamento do combate à mudança climática nos países pobres. A própria anfitriã da cúpula do clima, a Dinamarca, sucumbiu. Seu premiê, Lars Rasmussen, propôs um acordo "politicamente vinculante", que deixaria o pacto legal para 2010. Ontem, no final de uma reunião de ministros de 44 países em Copenhague, que incluiu o Brasil, a ministra do Clima da Dinamarca, Connie Hedegaard, fez as vezes de otimista. "Houve um mal-entendido por alguns de que estivéssemos querendo um acordo parcial. Não é nosso plano. Nós queremos entregar respostas para todos os problemas principais, e também queremos um mandato para tentar dar forma legal a tudo isso", afirmou. Hedegaard citou como exemplo de vontade política a meta brasilleira de cortar até 39% das emissões em relação à trajetória em 2020. "Um acordo político não sobreviverá à próxima eleição, à próxima recessão ou ao próximo desastre natural", criticou Kim Carstensen, do WWF. "O que nós precisamos é de um acordo legal." Segundo ele, há tempo. "Os rumores sobre a morte de Copenhague foram enormemente exagerados." Mas outros países ricos já aceitaram o acordo político. "Nós queremos um tratado legalmente vinculante, queremos obtê-lo em Copenhague. Mas, na prática, isso não será possível em Copenhague, então queremos números e metas de redução de emissões. Também queremos números para financiamento", disse Aled Williams, porta-voz do Departamento de Energia e Clima do Reino Unido. Os britânicos querem que os líderes também estabeleçam em Copenhague um prazo para o acordo final.
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