O degelo é outro efeito muito importante do aquecimento global, acontecendo por todo o mundo, é mais acentuado na região em torno do Oceano Árctico. Nessa zona da Terra, a camada de gelo diminuiu cerca de 40% da sua espessura e 14% de área, isto porque nesta zona do globo o aumento da temperatura é mais significativo.
Nos últimos 30 anos a temperatura aumentou quase 3ºC e de acordo com a empresa espacial NASA a área de gelo tem diminuído 10% em cada 10 anos. Já na Antártida a diminuição tem sido mais suave e desde 1940 a temperatura aumentou apenas 2,5ºC, e o degelo apenas se fez sentir nos últimos anos tendo diminuído em cerca de 3000km2 de área.
Mais estudos afirmam que as cordilheiras montanhosas estão a perder gelo e neve e em alguns sítios podem mesmo vir a desaparecer.
O gelo, existente no continente Antárctico, que se funde vai para o mar e faz com que o nível médio do mar suba, ao contrário do que acontece no árctico, o gelo derretido deste oceano não influencia o aumento do nível médio do mar, devido ao facto das camadas de gelo deste oceano estarem no mar. Contudo, o derretimento dos glaciares do Ártico, tem consequências desastrosas para a temperatura da Europa ocidental. Este derretimento influencia a corrente do golfo que, sendo uma corrente oriunda do golfo do México leva um grande fluxo de água quente (superficial; maior salinidade) até à zona da Gronelândia. Chegando lá, encontra as águas frias do Atlântico Norte, arrefece e torna-se mais densa devido a este mesmo arrefecimento e à sua forte salinidade. Assim desce em direcção às profundezas do oceano. Mas se o Ártico continuar num processo rápido de derretimento, a água doce existente nos glaciares fundir-se-á com o Oceano Atlântico provocando uma grande diferença de salinidade (este torna-se menos salgado). Visto isto, o fluxo de água quente vinda do golfo tornar-se-ia mais doce e menos densa e quando chegasse às zonas da Gronelândia, a água não afundaria rapidamente, prejudicando o ciclo e, consequentemente, a Corrente do Golfo. Esta corrente tornando-se mais lenta ou mesmo se parasse, faria com que as suas águas quentes vindas da América latina, não mantivessem a actual temperatura da Europa Ocidental e consequentemente, entraríamos numa nova era glaciar.
O mar está a subir a um nível médio de 2mm/ano, o que põe em risco algumas zonas costeiras várias ilhas do pacífico ficariam submersas). Para além deste facto, o aumento do nível médio do mar faz também com que o efeito erosivo suba e ponha em perigo algumas infra-estruturas.